domingo, 7 de junho de 2020

ATÉ QUANDO?


Novamente vem a tona um assunto que deveria ter ficado na história. Do lado triste da história!

De novo, e reiteradamente estamos discutindo o racismo. Não  como componente, insisto triste, histórico, mas por atos e ações de homens que acreditam que a cor da pele pode diminuir ou melhorar alguém. 

Cor da pele é somente cor da pele.

A cor da pele não diz quem você é. A cor da pele não te faz menos ou mais inteligente. Não te faz uma pessoa melhor ou pior que outra de pele diferente. A cor da pele não te faz uma pessoa mais ou menos empática, mais ou menos simpática. A cor da pele não te faz uma pessoa mais ou menos humana.

A diferença entre pessoas de cor de pele diferentes tem a ver com hereditariedade, geografia, genes, mas nunca tem a ver com inteligência, humanidade, capacidade, integridade, violência, preguiça, e por ai vai...

A diferença entre cor de peles, infelizmente tem sim determinado certos comportamentos atuais que deveriam ter ficado no passado. É inaceitável nos dias de hoje que tenhamos que discutir esse assunto, não como um fator histórico, mas porque tragédias humanas, com a ceifa da vidas de negros sem que tenham a chance de se defender, de se levantar e encarar a covardia dos que os oprime, e que sofrem, simplesmente porque são negros.

Não discuto aqui a culpa que qualquer negro tenha cometido e que tenha morrido em situações de explícito racismo, porque também entendo ser covardia justificar tais atos pelos crimes que supostamente cometeram, porque em situações em que brancos são abordados e identificados como autores de crimes, o tratamento é diferente.

Como estaria a mãe do menino que caiu do nono andar em Recife, se ela pobre, negra, tivesse tido tamanha irresponsabilidade como sua patroa e seu filho tivesse morrido em razão disso?

Como estariam os policiais que atiraram e mataram um menino de quatorze anos no Rio, se os policiais fossem negros e o menino fosse branco?

O que aconteceria se brancos fossem mortos por índios em emboscadas, como as que têm ceifadas vidas indígenas no nosso Brasil?

E não me venham com estatísticas também tentando justificar comportamentos, mostrando quantos negros cometem crimes, ou quantos estão presos. A discussão é muito mais profunda. Os maiores crimes e genocídios da história foram cometidos por brancos. As grandes guerras por poder e supremacia de raças, as cruzadas na idade média, a guerra civil americana, aqui a Guerra do Paraguai, e por aí vai.

A humanidade tem uma dívida histórica com os negros principalmente, mas também com os índios, os astecas, etc.

Os brancos entendem fazer do mundo o seu mundo, e pra isso mudam conceitos históricos como por exemplo mostrar um Jesus de olhos azuis, pele branca e cabelos lisos. Jesus não era europeu, nasceu no Continente Asiático, a leste e muito perto do Continente Africano. Não podemos afirmar qual era a cor de sua pele, nem a cor dos seus olhos, mas certamente não era ariano e vivia, convivia e protegia os mais pobres e todos os que mais precisavam, independentemente de cor da pele.

Julgar ou prejulgar alguém pela cor da sua pele, apesar de usual infelizmente, é a forma mais vil de olhar o outro, é não entender que todos, indistintamente, somo iguais. Nascemos, vivemos, sangramos e morremos da mesma forma.

É não entender por exemplo, que navios negreiros não iam à África capturar escravos, mas capturar homens e mulheres livres e daí torna-los escravos. É possível entender esse conceito? É possível se colocar no lugar de quem armado subjuga outro ser humano, em sua casa, em seu país, separando-o de sua história, de sua família somente porque é negro? É possível se colocar no lugar que foi subjugado?

Tudo isso aconteceu e deveria ter ficado no lado triste da história. Deveria ter servido pra aprendermos de como não agir. Deveria ter nos ensinado a humanidade, mas ainda hoje temos que nos levantar e protestar porque homens e mulheres estão sendo maltratados pela cor de sua pele e não somente sendo mortos violentamente, mas preteridos também na busca de oportunidades, de empregos, de educação e até sofrendo preconceito racial por aqueles que deveriam protege-los, como a Fundação Palmares criada para assistência e discussões em busca de um Brasil mais humano, onde a questão do Negro pudesse ser difundida e entendida por toda sociedade, e ao invés disso, temos uma entidade com desvio de função tendo um negro em sua direção. Nunca imaginaria uma situação tão violenta.

Até quando nos perguntamos? Até quando?

Um comentário:

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